quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Parabéns pra você nessa data querida?


Nos últimos dias, quase “vésperas” do meu aniversário, fiquei pensando o que comemorar em ¼ de século de vida.
Passei a tarde de hoje relendo emails antigos, desabafos perdidos e conversas de MSN salvas em arquivos do Word. Puxa vida, quantas coisas aconteceram! Muitos momentos difíceis, tristes e impiedosos, mas também momentos contrários a esses, de alegria incomparável.
Mas a intenção aqui não é escrever algo triunfante, que conforte, ou mais que isso, que dê orgulho de viver. O intuito é apenas desabafar e analisar.
Confesso que talvez hoje não seja o melhor dia, considerando que a TPM me deixa estranhamente sensível e que o meu carnaval ribeirão-pretano acabou de acabar.
Mas essas leituras me fizeram voltar no tempo, numa época que talvez minha própria lembrança tenha bloqueado para que eu esquecesse.
Nas entrelinhas desses artigos ocultos e rascunhos de vida, pude perceber um dedinho de amadurecimento. Revivi momentos que necessitavam mais da minha razão (e não fui capaz de tê-la), outros humilhantes, suplicando migalhas e submetendo-me ao nada em prol do bem comum. Atitudes que hoje não cabem mais no meu cotidiano, ou que no mínimo, requerem uma análise de consciência.
Onde eu realmente estava quando desabafava com os papeis e o computador esses ocorridos?
Onde eu realmente estou hoje?
Pra onde estou seguindo e onde quero chegar?
Relendo esses fragmentos de mim mesma, percebi também que errei e erro muito, e que ainda há coisas parara consertar. Consertos esses que exigem determinação, discernimento e fé. Muita fé, pois vi também que algumas coisas não cabem mais a mim, não consigo resolver sozinha, sou pequena demais pra isso.
Mas vi também que a vida tornou-me forte, isso graças aos novos amigos que compartilharam seus minutos, botecos e conversas comigo, e mais que isso, graças aos bons e velhos amigos, que permaneceram ao meu lado.
E em um dia melancólico como hoje, cheio de incertezas, de feridas remexidas e sensações tristes camufladas, estava buscando um motivo para comemorar, e a resposta veio categoricamente perfeita, através de um anjo que Deus enviou em forma de sobrinho. Observar a expressão de alegria do Tavinho ao me ver, se jogando no meu colo para dar um abraço e falando “Gueice”, me fez ver que realmente viver um dia atrás do outro vale a pena e que na verdade estar vivo, com a família e os amigos que tenho, requer o sorriso mais sincero, a gratidão constante e a maior comemoração do mundo!

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